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A Separação entre Estado e Religião
A separação entre estado e religião "A César o que é de César e a Deus o que é de Deus" Assim, Jesus separa estado e religião. Em uma atitude ardilosa, os líderes judeus, interessados em eliminar o incômodo Jesus, tentaram incriminá-lo, tentando provar que o mesmo pregava contra a ordem e o estado romano. Perguntaram a Jesus se era licito pagar os impostos. Ora, o povo Judeu, dominado pelo império romano era espoliado. Se Jesus era o libertador dos Judeus, esperava-se que o mesmo falasse contra o domínio do império romano e portanto, forneceria motivos para ser acusado de desordeiro. Se Jesus, por outro lado, falasse a favor da cobrança de impostos, seria certamente acusado por falar
contra sua nação, os Judeus. Surpreendentemente, Jesus responde o inesperado: mostrando que assuntos do Reino de Deus e assuntos de política humana devem estar dissociados. O problema da dominação romana era um, enquanto o problema da fé em Deus era outro. Seu reino não era deste mundo. Com este discurso, Jesus separa o estado da religião, mostrando que não interferiria no andamento da administração romana sobre Israel, o que, de fato, ocorreu. Assim quem prega o evangelho, a princípio, deve pregar o diálogo com Deus e não intereferência na politica, que é estritamente humana. No Brasil temos um estado laico, que pertence a todos: pertence a quem tem fé, e fé a partir de qualquer religião, mas pertence também a quem tem orientação laica. Além disto, nosso estado é democratico, que prevê que o governo seja formado por uma maioria, mas isto não significa de forma alguma que não devam ser garantidos os direitos de todas as minorias. Confunde-se quem pensa diferente, pois o regime que suprime direitos de minorias baseado em opinião de uma maioria é o fascismo. Assim, comete erro quem acha que igrejas devem promover um assalto ao poder, de maneira a impor uma agenda "santa", através da eleição de deputados e senadores ligados a igreja, pois a prática tem demonstrado que a sua visão parcial leva aos mesmos a desenvolverem ações que em muitos casos visa a somente tolher a liberdade e os direitos de algumas pessoas que tem pensamento diferente do que pensa os adeptos de tais igrejas. Um equívoco duplo se apresenta aqui: o primeiro é o de decicar-se a tomar o poder para impor uma pauta ao resto da sociedade, contrariando a separação de estado e religião, que é um princípio religioso; do outro lado, o ataque a liberdades individuais, que não dizem respeito a religião, pois é exercida no livre arbítrio e, portanto, sem que haja um ponto de vista religioso para justificar tais ações. Por fim, se configura em uma ação distonante da democracia e ao mesmo tempo quanto aos objetivos verdadeiros da religião, que deixa de pregar o amor, a solidariedade, a compaixão, o respeito, o entendimento e a valorização do ser humano, para pregar um discurso que facilmente se transforma no contrário, que é o ódio, com o agravante contra-senso de ser baseado no próprio Deus, segundo seus adeptos. Jesus, claro, acertou na separação entre o estado e a religião: em poucas palavras resumiu o que devemos fazer.


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