Aécio Neves tem seu cargo devolvido por comissão de "ética"
O conselho de ética do Senado Federal arquivou a representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por 12 votos a quatro. Aécio foi flagrado negociando propinas de R$ 2 milhões com o empresário Joesley Batista e ainda sugeriu o assassinato do portador do pagamento como forma de garantir o silêncio. Tudo gravado e mostrado em rede nacional.
Como prêmio, o senado devolveu o seu cargo de senador, endossando as atitudes do senador e demonstrando não ter constrangimento em conviver com quem opera no submundo da polÃtica: ou seja, está naturalizada e oficializada a anuência com a prática criminosa e a mensagem passada é a de que não se importa mais com o que a opinião pública pense.
Talvez estejam contando com a inércia e com a falta de memória tradicional da população. Sobrou somente ao cidadão comum tomar alguma atitude, já que nem Congresso Nacional, nem Judiciário e nem Poder Executivo parecem ter mais compromisso com o paÃs de agir em momentos sérios como esse, passando a mensagem que pode ser interpretada como sinal de que o respeito à s leis e à ética podem ser relativizados.
Por isso, é importante imprimir e arquivar os nomes e partidos dos responsáveis por essa absolvição. É importante não se perder de vista quem é quem no episódio e o que significa o apoio ou censura dados ao senador Aécio Neves. Mais uma vez, será que o cidadão comum ficará apenas como mero expectador dos fatos?
Votaram pelo arquivamento: Romero Jucá - PMDB/RR Airton Sandoval - PMDB/SP João Alberto Souza - PMDB Davi Alcolumbre - DEM/AP Flexa Ribeiro - PSDB/PA Eduardo Amorim - PSDB/ SE Gladson Cameli - PP/AC Hélio José - PMDB/DF Acyr Gurcacz - PDT/RO Telmário Mota - PTB/RR Pedro Chaves - PSC/MS Roberto Rocha - PSB/ MA Votaram contra: Lasier Martins - PSD/RS João Capiberibe - PSB/AP Antônio Carlos Valadares - PSB/ AP José Pimentel - PT/CE
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